Quem sou eu

Colombo, Paraná, Brazil
PAULO SERGIO NASCIMENTO residente no Jardim Osasco em Colombo, amputado da perna esquerda deste junho 2001 presidente da Associação Paranaense dos Amputados desde 2002 o qual venho lutando por direitos iguais bem como melhoria na área de saúde umas das ações contra o sus o qual não dava direito a manutenção de proteses e orteses a pessoas aposentadas por invalidez hoje graças a ação com direitos outra contra o conselhos nacional de transito o qual não dava direito a pessoas deficientes a dirigir remuneradamente hoje com direito

seja um mantenedor da Associação

play radio atual 19/11/13

Dor fantasma

Dor Fantasma

Sintomas e Sinais

A Dor Fantasma é definida como aquela referente à retirada cirúrgica de um membro ou parte dele, porém esse termo não tem um conceito clínico muito bem definido. Ela compreende um indefinido e incomparável fenômeno sensorial. Dor no coto da amputação e dor no membro antes da amputação (dor pré-amputação) são distintas de dor fantasma propriamente dita. Outros fenômenos sensoriais como parestesias e feridas não podem ser incluídas no termo “dor fantasma”.

A delimitação clínica da dor fantasma é dificultada por diferenças no limiar da dor e na sua tolerância de um amputado para outro, soma-se a isso ainda o modo como as sensações dolorosas são relembradas e descritas.

Freqüência da Dor Fantasma

A dificuldade de definição da dor fantasma é claramente refletida no estudo da freqüência dos casos. A tabela abaixo demonstra a grande variação: em algumas pesquisas a dor é relatada por 2% dos pacientes, número que em outras pode variar até 97%. A proporção relativa dos amputados em grupos "com dores crônicas" e "sem dores crônicas" varia inevitavelmente de um estudo para o outro, dependendo da definição que se dá às palavras "crônica" e "queixa".

Dores Fantasma severas são geralmente relatadas em 0,5-5% dos casos. O número de pacientes que seguem algum tratamento analgésico também varia. Numa pesquisa em que 50-75% dos pacientes relataram dor fantasma, somente 20% faziam tratamento para sua dor.

Em outro estudo muitos amputados com dor fantasma tinham a impressão que de os médicos consideravam sua dor pura imaginação.

Referências da dor Fantasma

A dor está presente na primeira semana após a amputação em 50-75% dos casos, mas ela pode aparecer após meses ou até vários anos.

Localização da dor

A dor fantasma está localizada principalmente na parte distal do membro fantasma. Assim, temos por exemplo uma pesquisa realizada com 64 pacientes que tiveram suas pernas amputadas acima do nível do joelho e que apresentavam dor fantasma.

Resultado:

  • 66% tinham dor no pé os nos dedos
  • 39% tinham dor na panturrilha
  • 6% tinham dor na coxa

O gráfico acima mostra a distribuição da dor fantasma em amputados em diferentes intervalos de tempo após a perda do membro. Percebe-se claramente que a maioria das dores fantasma localizam-se na parte distal do membro.

Tipos de Dor Fantasma

Existe uma grande variedade de descrições de amputados em que as dores parecem pouco ou não tem nenhuma semelhança com uma experiência sensorial anterior. Muitos consideram que a dor é bastante diferente para ser comparada a um caso dito típico de dor fantasma: sentir que a mão ou pé comprimem os dedos, apertando as unhas dentro da palma da mão ou planta do pé. Entretanto, 16% dos pacientes relatam esse tipo de dor. Há tipos de dor como ardor, aperto, compressão são relatados pela maioria.

A carência geral de estudos nos quais os fenômenos da pré-amputação são recordados pelos pacientes trazem dificuldades em determinar a validade das informações sobre esse tipo de dor.

Duração da Dor Fantasma

É geralmente dito que a dor fantasma diminui gradualmente e finalmente desaparece durante os primeiros anos. Parkes (1973) fez uma pesquisa aonde 63% dos pacientes apresentavam dores fantasmas médias ou severas imediatamente após a amputação do membro; após 13 meses somente 30% dos pacientes ainda apresentavam dor intensa. Outros pesquisadores relataram que 50-75% dos amputados tem dor fantasma após muitos anos. Num estudo de Sherman com 2694 pacientes amputados que apresentavam dor fantasma, 51% tem dor mais de 6 dias/mês e 44% não notaram diminuição da dor durante 30 anos.

Entretanto, a carência na seleção dos pacientes, junto com a falha de distinção entre as diferentes categorias de dor fantasma, tornam difícil determinar o curso temporal e estimar exatamente a incidência da persistência da dor fantasma.

Noutro estudo, a incidência da dor fantasma uma semana, 6 meses e dois anos após a amputação foi de 72, 65 e 59% respectivamente. Embora a incidência da dor fantasma não ter diminuído significativamente durante os 2 anos seguintes, a duração e a freqüência dos ataques de dor diminuíram significativamente. Assim, 2 anos após a amputação, somente 21% dos pacientes tinham ataques diários de dor e nenhum apresentava dor constante.

A dor severa persiste somente em uma pequena fração dos amputados, na ordem de 5 –10%.

Modulação sobre a dor Fantasma

A experiência de um membro fantasma, doloroso ou não, varia consideravelmente entre os indivíduos e mesmo no próprio paciente. Muitos estímulos internos e externos modulam a Dor Fantasma. As zonas de gatilho podem estender-se do mesmo lado ou do lado oposto do corpo.

O quadro abaixo mostra fatores relatados pelos amputados que modificam a experiência dolorosa:

Feinstein mostrou e Noordenbos confirmou que a cauterização da medula por injeção salina hipertônica no tecido do espaço interespinhal L4-L5 aumenta a dor no membro fantasma e daí produz um conhecimento de todo o membro perdido por um longo, geralmente permanente, alívio da dor.

Isto prova que a experiência de dor fantasma é um resultado não de um único evento, mas da interação de vários efeitos neuronais.


Dor da pré-amputação

Muitos casos relatam que pacientes que tiveram dor no membro antes da amputação estão mais susceptíveis a apresentar dor pós-amputação. As características dessa dor (tipo, localização, modulação...) parecem-se muito com as da dor experimentada antes da amputação. Muitos estudos, porém não todos propuseram que a dor fantasma é mais freqüente em pacientes que sofreram de grave dor pré-amputação do que naqueles que não apresentaram esse tipo de dor. Num estudo encontrou-se 44 pacientes que provavelmente tiveram experiência dolorosa pré-amputação. Em 57% deles a dor fantasma era bem similar à experiência vivida anteriormente.

O gráfico abaixo mostra a proporção de amputados, que desenvolveram dores fantasmas similares ou diferentes quanto à localização e tipo que a dor da pré-amputação.

(I = 8 dias após após amputação; II = 6 meses após; III = 2 anos após)

Lesão do Sistema Nervoso

Uma experiência de membro fantasma estabilizado, doloroso ou não, pode ser drasticamente mudada por lesões no cérebro e na medula espinhal. Um infarte no cérebro na parte posterior da cápsula interna faz o membro fantasma desaparecer. Disfunções cerebrais transitórias podem mudar o fantasma temporariamente. Lesões na medula espinhal podem aumentar ou apagar a experiência do membro fantasma.

Fatores psicológicos

O grande impacto psicológico da perda de um membro é evidente e vários distúrbios emocionais surgem na adaptação física e social: depressão, amargura, pena de si mesmo estão várias vezes presentes em pacientes com membro fantasma. É evidente que distúrbios emocionais podem engatilhar e agravar a dor.

Parkes sugeriu que as queixas de dor persistente eram relatadas em pacientes com personalidade forte.

Embora fatores emocionais provavelmente influenciem na ocorrência e persistência da dor, não se sabe se distúrbios emocionais são a causa da dor fantasma. Os aspectos motivacionais e afetivos de qualquer síndrome de dor crônica dificultam, claro, a determinar se desordens emocionais são manifestações da dor ou determinantes etiológicos.

Assim, não há evidências óbvias de que distúrbios de personalidade são mais freqüentes em casos de amputados com dor fantasma que em casos sem dor.


Outros fatores

O significado da causa e nível da amputação no desenvolvimento e persistência da dor é controverso. Alguns estudos acharam que dor fantasma é mais comum em amputados por acidentes militares e dos membros superiores do que em amputados civis e dos membros inferiores. Porém, há estudos que encontraram resultados opostos. Estudos sobre sexo, lado, nível, idade ou causa não relatam dados relevantes.

Autores propõem que a perda repentina do membro é um fator necessário para a ocorrência do fenômeno, mas a perda gradual do membro devido à lepra não previne a ocorrência do membro ou dor fantasma, como constatado por Price (1976).

Dor do coto

A literatura raramente distingue entre dor do coto e dor fantasma. Dor imediata pós – operatório se segue após a maioria das intervenções cirúrgicas e a amputação de um membro não é exceção à regra.

Um estudo comprovou que a dor do coto ocorre em 50% dos casos durante a primeira semana. O interessante é que a dor persiste apesar de uma ferida estar aparentemente curada. Esta dor é comumente descrita como uma sensação de pontos mais delicados, sensíveis; sensações de pontadas ou de corrente elétrica; os quais estão precisamente localizados no coto e freqüentemente no aspecto posterior a sua cicatriz.

Estas dores podem ser facilmente engatilhadas por estimulação do coto com agulhadas ou pressionando os neuromas. Uma variante desse tipo de dor é a denominada “nerve storm” com ataque doloroso de até 2 dias de duração. A dor é aguda, com disparos aumentando e diminuindo de minuto a minuto. Há também sensação de queimação do coto que pode ser iniciada por toque de luz e se igualmente caracterizar como a síndrome da dor do coto. Em casos mais tardios o coto pode aparecer atrofiado, frio, cianótico e suado.

Movimentos espontâneos denominados coréia do coto, tic doloroso, “epilepsie du moignon” compõem parte da dor fantasma. Estes movimentos duramente visíveis como contrações musculares súbitas e involuntárias do coto são raramente relatados. Em algumas pesquisas 57% dos pacientes sofrem a dor do coto imediatamente após a amputação. No início do período pós-operatório a dor do coto é comumente associado a agulhadas, fincadas, etc., características que gradualmente mudam para uma dor maior, do tipo queimação ou esmagamento. A dor fantasma é significantemente mais freqüente nestas amputações com a dor do coto do que naquelas sem a mesma.


Patologia do coto associada com dor fantasma e/ou dor do coto

Exames do coto freqüentemente revelam precisamente patologias encontradas que podem explicar a dor do coto e/ou a dor fantasma:

- Patologias da pele

- Distúrbios circulatórios

- Infecções da pele, tecido adjacente ou ossos.

- “Esporas nos ossos”

- Neuromas

É importante como sempre enfatizar que apesar da dor fantasma e do coto serem mais freqüente em pacientes com a patologia do coto do que em pacientes sem patologia encontrada, ela pode ocorrer em pacientes com cotos perfeitamente curados. Isto significa ou que as condições periféricas não são o único fator responsável pela dor ou que a habilidade de detectar mudanças patológicas na periferia é insuficiente. Uma sistemática análise da sensibilidade do coto nas amputações não tem sido concluída. Num trabalho inicial é preciso notificar cuidadosamente que a examinação da sensibilidade do coto revela áreas de sensibilidade alterada (por exemplo – hipoalgesia, hiperalgesia, hiperpatias ou alodínia) em quase todas as amputações.

O significado desses distúrbios sensoriais na periferia para o fenômeno do membro fantasma é dado como desconhecido.


Dor após lesão de nervos

Após qualquer lesão de nervos, há um risco potencial de que se desenvolva uma dor persistente na área atingida, seja qual for a etiologia e a localização da lesão.

A amputação representa a forma mais radical de lesão de nervos. Michell (1872) introduziu o termo causalgia para um tipo de dor em queimação após grandes lesões que ocorriam freqüentemente em campos de batalha.

Dores geradas por lesões de nervos compartilham varias características vistas nas dores causadas por neuropatias:

1. início demorado;

2. sensações anormais, usualmente do tipo de queimação;

3. ataques de dores em formas de punhaladas e fisgadas;

4. dor na área com déficit sensorial;

5.dor provocada por estímulos inócuos (alodínia);

6. desenvolvimento de sensações geradas após impulsos repetitivos.

A tabela abaixo , mostra algumas características e características diferenciais de vários tipos de dor de lesão em nervos:

Como pode-se observar a partir da tabela acima, a dor após a amputação é quase idêntica à encontrada na causalgia, com exceção da hiperatividade simpática. Enquanto alguns autores consideram a hiperatividade simpática como uma característica da causalgia, esta visão não é aceita por todos. Lesões do nervo mediano e do nervo esquiático são aquelas mais freqüentemente associadas com a causalgia, enquanto que lesões do nervo radial raramente produzem causalgia. A Causalgia usualmente ocorre após lesões proximais e tipicamente a dor é referida a partes distais do membro. O envolvimento variável do sistema nervoso simpático na dor relacionada à lesão de nervos confirma termos como dor simpático-dependente e dor simpático-independente.


Membro Fantasma

Experiências com pacientes que possuem um membro fantasma podem variar consideravelmente desde uma precisa e distinta réplica da parte perdida até uma transitória, vaga e formigante sensação em partes do membro inexistente.

Definiu-se então como membro fantasma a experiência de possuir um membro ausente que se comporta similarmente ao membro real e sensações de membro fantasma como vários tipos de sensações referidas ao membro ausente.

Segundo pesquisas quase a totalidade de pessoas amputadas tem a sensação de realidade do membro.

Freqüência

Estudos indicam que 80 a 100% dos amputados vão experimentar sensações de membro fantasma em algum momento após amputação.

O membro fantasma é raramente observado em amputações congênitas ou em crianças amputadas antes de 6 anos de idade.

Características clínicas

Apesar de variações, a experiência com membro fantasma demonstra características tão comuns que o fenômeno pode ser dividido em categorias

1.) Sensações Simples:

- toque
- temperatura
- pressão
- coceira
- outros

2.) Sensações Complexas

- postura
- comprimento
- volume

3.) Movimentos

- Movimentos desejados
- Movimentos espontâneos
- Movimentos associados

Algumas vezes o senso de realidade do membro perdido é tão vívido que o defeito somático é esquecido. Sensações simples e complexas e sentimentos de movimentos contribuem para a imagem do membro fantasma.

Sensações Simples

Sensações cutâneas do tipo formigamento, pontadas, calor, frio, coceira são reportados. Normalmente são sensações indiferenciadas e de localização difusa.

Sensações Complexas

A maioria das pessoas amputadas tem um senso de posição, comprimento e volume do membro amputado. A posição sentida pode ser relaxada, fixa ou distorcida. Por exemplo: o braço pode ser sentido relaxado ao lado do corpo, movendo livremente durante caminhada ou estar em uma posição com o cotovelo flexionado e o antebraço sobre o peito. Em aproximadamente 10% dos pacientes o membro é percebido em posições distorcidas e bizarras assimilando à posição imediatamente antes da amputação.

Berger e Gerstenbrand (1981) encontraram membros fantasmas em 33 de 37 pacientes com lesões espinhais sendo que na maioria a posição fantasma se assemelhava à posição do acidente.

Movimentos

Mais de 50% dos amputados experimentaram movimentos do membro mais freqüente em braços e amputações distais. Os movimentos podem ser desejados geralmente se restringirem a movimento de flexão e extensão.

As sensações do membro fantasma podem ser aumentadas ou atenuadas por fatores externos e estímulos internos (defecação, micção, ejaculação, mudança de temperatura, atenção visual, pensamento no membro, emoções, etc)

Apesar da sensação do membro poder resistir constante por anos seguidos o membro fantasma em via de regra passa por importantes mudanças nos dois primeiros anos após a amputação.

Telescoping

Esse é um fenômeno que se refere ao encolhimento do membro onde os dedos das mãos os dos pés gradualmente e de maneira difusa aproximam-se dos coto até estarem acoplados a este.

O tempo decorrido até o desenvolvimento do fenômeno telescoping estar completo varia mas o processo é geralmente completado no primeiro ano. A maioria dos autores concordam que o fenômeno do telescoping acorre em 25 a 75% dos casos e mais freqüentemente em amputações de braço que de pernas.

O nível onde foi feita a amputação não influencia nem a incidência do fenômeno de telescoping ou a freqüência que ele acorre. As partes distais do membro fantasma, entretanto, retém seu tamanho normal por mais tempo que as partes proximais. Isto pode resultar em experiências como mãos gigantes ou dedos acoplados ao coto, ou mesmo uma mão esmagada ou apertada em um coto pequeno.

São usualmente membros indolores que encurtam. A dor do membro pode prevenir ou retardar o desenvolvimento do telescoping e um membro que já sofreu o problema do telescoping pode temporariamente aumentar durante os ataques de dor.

Separadamente dessa regressiva deformação em tamanho e comprimento do membro, a freqüência e a intensidade das sensações do membro fantasma também diminuem com o passar do tempo. Foi constatado que após o primeiro ano de sensações fantasmas o membro está sujeito a somente pequenas mudanças. O fenômeno também muda de localizações principalmente proximais e distais ao longo do tempo.

Usualmente somente pequenas “ilhas” do membro perdido são sentidas. Por exemplo: nas mãos o polegar e o indicador são as principais partes sentidas, enquanto na perna, o dedo maior e o calcanhar são as partes mais vividamente sentidas. Em nenhuma instância a forma de experiência do membro fantasma corresponde a suprimentos de nervos periféricos conhecidos ou dermátomos particulares.

Obs.: Sensações de membro fantasma podem ser sentidos após amputação de partes do corpo que não são membros tais como nariz, globo ocular, língua, dente, pênis, reto e seio.

palavra de um amigo

Palavras de um Amigo

- O dia mais bonito é hoje !!

- A distração mais preciosa é o trabalho...

- A pior derrota é o desânimo !

- O maior erro é abandonar-se...

- O pior de todos os males seria o egoísmo !!

- Os melhores professores sempre foram as nossas crianças...

- O pior defeito seria o mau humor...

- O pior sofrimento seria a mágoa...

- O presente mais bonito é o perdão...

- O mais imprescindível é o lar...

- A rodovia mais rápida é o caminho correto da honestidade...

- A sensação mais grata é a paz interior...

- A expressão mais linda do rosto é o sorriso !

- A força mais potente do mundo é a fé !

- A manifestação mais bela da humanidade é o amor...

- E o que mais traz felicidade....

- É ser ÚTIL A DEUS E A SEU POVO.

- "Sê tu uma benção."

*** Conte conosco ***

Acessibilidade Nos Meios Arquitetônico e Urbano

Apresentação

Trabalhar com a população atendida pela Assistência Social é conviver com uma clientela que não está tendo acesso a serviços públicos. A dificuldade de locomoção e a falta de informações são alguns dos empecilhos dessas pessoas participarem ativa e produtivamente, de forma independente, na vida social. A busca do Desenho Universal nos projetos públicos é uma das formas preventivas para a obtenção de resultados reais. Este manual é a contribuição a todos os serviços públicos na busca da integração de pessoas com dificuldade de locomoção na sociedade. Atender a Lei Orgânica da Assistência Social é a nossa parte. Cabe a todos o esforço da implantação de um espaço democrático onde poderemos viver juntos como cidadãos.

Fani Lerner

A acessibilidade é um conceito ligado à qualidade do Projeto baseando-se num conjunto de especificações, de normas, de legislação e principalmente em conscientização das diversidades. Na sensibilização dos profissionais da área de Arquitetura e Engenharia, que formularão suporte técnico regional para soluções comuns nos níveis possíveis, estabelecendo exigências mínimas a serem observadas na acessibilidade do espaço edificado, quer seja ele de domínio privado ou público.

Este trabalho levará os leitores a um contato com a NBR9050-1994, norma esta referencial técnica de acessibilidade - sendo instrumento confiável e indicadora de critérios mínimos de qualidade e conforto ambiental.

Aprender a lidar com as limitações impostas por séculos de barreiras arquitetônicas, que endurecem a percepção de projetistas e os levam a desperdiçar na Arquitetura sua vocação como veículo de integração social, e as possibilidades de ocupação democrática dos espaços construídos para todos indivíduos, independente de suas características físicas, sensoriais e mentais.

A inserção do conceito de acessibilidade junto a esses profissionais servirá de fator multiplicador.

PLANEJAR/PROJETAR/CONSTRUIR PARA TODOS.

Acessos Principal Edificação

(Conforme Capítulos 6, 9 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Rampa: largura mínima 1,20m; inclinação longitudinal conforme percurso (ver Tabela 2 - NBR 9050/1994); inclinação transversal máxima 2%; guias de balizamento com altura mínima de 5cm.

  2. Escada: largura mínima 1,20m; inclinação transversal máxima 2%; degraus com espelho entre 16 e 18cm, e piso entre 28 e 32cm.

  3. Patamar em frente a porta: medindo no mínimo 1,20m na direção do movimento; inclinação transversal máxima 2%.

  4. Corrimão e guarda-corpo: altura de instalação 0,92m do piso; de material rígido; firmemente fixado em barras de suporte. O corrimão deve prolongar-se pelo menos 0,30m antes do início e após o término da rampa, sem interferir na área de circulação.

  5. Piso início/término rampa e escada: faixa com textura diferenciada (mínima 28cm) ocupando toda a largura da rampa e da escada.

  6. Piso externo: com superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob qualquer condição climática.

  7. Árvores: sem ramos pendentes, garantindo altura livre mínima de 2,00m a partir do piso.

  8. Porta acesso principal: vão livre mínimo 0,80m; sem desnível na soleira.

  9. Indicação visual de acessibilidade: através do Símbolo Internacional de Acesso.

Comunicação e/ou Sinalização


A Comunicação e/ou Sinalização
(conforme capítulos 6 e 10/ABNT - NBR 9050/1994) deverá serinformativa, indicativa e direcional da localização do acesso adequado às pessoas portadoras de deficiências. Sob as formas de indicação visual de acessibilidade (Símbolo Internacional de Acesso),comunicação tátil (Braille e diferenças de texturas de superfícies) e comunicação auditiva(sinalização sonora padronizada) deverão aparecer:

  • nos acessos principais;

  • nas circulações (horizontal e vertical);

  • no mobiliário urbano;

  • nos acessos de veículos a estacionamento e garagem;

  • nas vagas para veículo.

Mobiliário Urbano
Rampas em Passeio

(Conforme capítulos 6, 9 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Rampa construída junto à faixa de travessia de pedestre: largura mínima 1,20m; declividade máxima 12,5%; piso com textura diferenciada da do passeio.

  2. Travessia pedestre: demarcada.

  3. Faixa para circulação: livre e contínua com largura mínima de 1,20m; inclinação transversal máxima 2%; pavimento com superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição climática.

  4. Semáforo em travessia de pedestre: deverá ter dispositivo para atendimento aos portadores de deficiência visual, acionado por estes.

  5. Mobiliário urbano e/ou infra-estrutura urbana (telefone público, caixa correio, semáforo, poste luz, placas, cesto lixo, floreira, bancos, quiosque, e outros): deverá ser instalado fora da faixa para circulação. Todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana devem atender aos requisitos de acessibilidade.

  6. Grelha: embutidas no piso, colocada transversalmente à direção do movimento de pedestres. Os vãos da grelha não devem exceder à 1,5cm.

  7. Vegetação: evitar em áreas de circulação árvores com ramos pendentes (garantindo altura livre mínima de 2,00m a partir do piso); evitar plantas cujas raízes possam danificar o pavimento e que seus resíduos tornem o piso escorregadio.

Mobiliário Urbano
Passeio

(Conforme capítulos 4, 6, 9 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Faixa de circulação: livre e contínua; largura mínima igual a 1,20m.

  2. Faixa locação infra-estrutura urbana e/ou mobiliário urbano .

  3. Área de manobra sem deslocamento, rotação 360º: círculo diâmetro mínimo 1,50m.

  4. Piso passeio: superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob qualquer condição climática; inclinação transversal máxima 2%.

  5. Elementos (toldos, marquises, placas de sinalização, e outros) com projeção sobre circulação: deverão situar-se a altura mínima de 2,00m do piso.

Circulação
Circulação Horizontal

(Conforme Capítulos 6 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Piso: revestimento antiderrapante em qualquer situação, seca ou molhada.

  2. Capacho: embutido no piso e nivelado (sob-relevação não excederá 1,5cm).

  3. Forração: bordas firmemente fixadas no piso sem enrugamento de sua superfície.

  4. Placa de sinalização: fixada à altura mínima de 2,00m do piso.

  5. Elementos fixados abaixo de 2,00m do piso: não poderão sobressair mais de 0,20m da parede.

Circulação
Circulação Vertical/Rampa

(Conforme Capítulos 6 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Rampa: largura mínima 1,20m; inclinação longitudinal conforme percurso (ver Tabela 2 NBR 9050/1994); inclinação transversal máxima 2%.

  2. Patamar no início e ao final de cada segmento de rampa: medindo no mínimo 1,20m na direção do movimento.

  3. Corrimão: instalados nos dois lados da rampa; de material rígido; firmemente fixado às paredes. O corrimão deverá permitir boa empunhadura e será instalado em duas alturas (0,70m e 0,92m do piso), prolongando-se pelo menos 0,30m antes do início e após o término da rampa, sem interferir nas áreas de circulação.

  4. Piso início/término segmento rampa : faixa com textura diferenciada (mínima 28cm) ocupando toda largura da rampa.

Obs.: Piso - revestimento antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada. Quando revestido com forração, esta deverá ser fixada perfeitamente à superfície.

Circulação
Circulação Vertical/Escada Fixa

(Conforme Capítulos 6, 9 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Escada: largura mínima 1,20m; inclinação transversal máxima 2%; degraus com espelho entre 16 e 18cm, e, piso entre 28 e 32cm.

  2. Patamar: a cada 3,20m de desnível, medindo no mínimo 1,20m na direção do movimento.

  3. Corrimão: instalados nos dois lados da escada; de material rígido; firmemente fixado às paredes. O corrimão deverá permitir boa empunhadura e será instalado em duas alturas (0,70m e 0,92m do piso), prolongando-se pelo menos 0,30m do início e após o término da escada, sem interferir nas áreas de circulação.

  4. Piso início/término lance de escada: faixa com textura diferenciada (mínima 28cm) ocupando toda a largura da escada.

  5. Piso: revestimento antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada. Quando revestido com forração, esta deverá ser fixada perfeitamente à superfície.

  6. Vestíbulo: dimensão mínima de 1,50m de largura por 1,20m de comprimento, além da área de abertura da porta.

Circulação
Circulação Vertical/Elevador

(Conforme Capítulos 4, 6 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Cabina do elevador: dimensão mínima 1,10m x 1,40m; com espelho na face oposta à porta, para permitir visualização de indicações dos pavimentos.

  2. Porta: vão livre mínimo 0,80m. A área em frente a porta do elevador terá sua menor dimensão de 1,50m, além da abertura da porta.

  3. Botoeiras e comandos, externos e internos: com comunicação tátil (Braille) e auditiva (quando houver números de paradas superior a dois).

  4. Piso: revestimento antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada. Quando revestido com forração, esta deverá ser fixada perfeitamente à superfície.

  5. Indicação visual de acessibilidade: junto à porta do elevador fixar o Símbolo Internacional de Acesso.

Circulação
Janelas

(Conforme capítulos 4 e 6/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Altura da janela: de acordo com limite de alcance visual de pessoas em cadeira de rodas.

  2. Altura comando e trincos: conforme os limites de ação e alcance manual.

Circulação
Portas

(Conforme capítulos 4 e 6/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Porta: vão livre mínimo 0,80m; altura livre mínima 2,10m; maçanetas do tipo alavanca (altura 1,00m); revestida na parte inferior para proteção (altura mínima 0,40m).

  2. Alturas recomendadas para acionamento de dispositivos.

  3. Área de aproximação e abertura em espaços confinados: espaço mínimo de 0,60m contíguo ao vão de abertura.

Equipamento Urbano
Auditório e Arquibancada

(Conforme capítulos 6, 8 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Assento: para pessoa portadora de deficiência ambulatória parcial.

  2. Espaço: para cadeira de rodas
    2.1. Na primeira e última fileiras: piso plano; anteparo para a roda dimensão 0,90m (largura) x 1,20m (comprimento); da cadeira associado a guarda-corpo.
    2.2. Fileira intermediária: dimensão 0,90m (largura) x 1,50m (comprimento) para permitir a manobra sem anteparos; piso plano; anteparo para a roda da cadeira associado a guarda-corpo.

  3. Anteparo associado a guarda-corpo.

  4. Peitoril e guarda-corpo quando em frente a um desnível: deverá ser garantida a visibilidade.

OBS.:

  • Circulações: de acordo com o capítulo 6 - NBR 9050/1994

  • Sinalização: de acordo com capítulo 10 - NBR 9050/1994.

Equipamento Urbano
Estacionamentos/Interno e Vias Públicas

(Conforme capítulos 6, 8 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)

  1. Vaga: dimensão mínima fixada pela Legislação Nacional de Trânsito acrescida de espaço para circulação; demarcada com linha contínua na cor branca; pintado no piso o Símbolo Internacional de Acesso.

  2. Rampa: declividade máxima 12,5%; largura mínima 1,20m.

  3. Espaço circulação: largura mínima 1,20m; sinalizada com faixas na cor amarela (largura 10cm com espaçamento de 30cm).

  4. Sinalização vertical: placa (espaço interno) e placa de Regulamentação/Legislação Nacional de Trânsito (via pública).

OBS.: Pavimento - com superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada.

Sanitários e Vestiários
Banheiros

(Conforme capítulos 4, 6 e 7/ABNT - NBR 9050/1994)

BST

Bacia Sanitária: altura do assento 0,46m do piso; válvula de descarga de alavanca (altura máxima 1,00m do piso); barras de apoio na lateral e no fundo. No caso de transferência somente frontal utilizar barras de apoio nas duas laterais da bacia sanitária, com distância de 0,80m entre as faces externas das barras.

LV

Lavatório sem coluna ou gabinete: altura 0,80m do piso (com altura livre de 0,70m); sifão e tubulação com proteção; torneiras de alavanca, célula fotoelétrica ou formas equivalentes.

BCH

Boxe Chuveiro: dimensões 0,90m x 1,10m para transferências externas; desnível máximo 1,5cm; registros altura máxima 1,00m do piso (localizados na parede lateral do banco); barras de apoio vertical (na parede de encosto do banco) e horizontal/vertical (em "L") (na parede lateral do banco).

BH

Banheira: altura 0,46m do piso; registros acionados por alavanca (posicionados lateralmente à banheira a uma altura máxima de 0,30m da sua face externa superior).

P

Porta: vão livre mínimo 0,80m; área de abertura sem interferir nas áreas de transferências e/ou aproximação.

Área de transferência frontal ou lateral para bacia sanitária: dimensões mínimas 0,80m x 1,10 m.

Área de aproximação frontal para lavatório: dimensões mínimas 0,80m x 1,10m .

Área de transferência lateral para chuveiro: dimensões mínimas 0,80m x 1,10m .

Área de transferência lateral para banheira: dimensões mínimas 0,80m x 1,10m .

Área de manobra sem deslocamento, rotação 360º: círculo diâmetro mínimo 1,50m.


Banco boxe chuveiro (basculante):
profundidade mínima 0,45m; comprimento mínimo 0,70m; altura mínima do piso 0,46m.


Banco banheira:
profundidade mínima 0,45m; comprimento igual à extensão total da cabeceira da banheira e nivelado com a mesma. Aconselhável a existência de parede ao fundo do banco.

Sanitários e Vestiários
Sanitários Públicos e Vestiários

(Conforme Capítulos 4, 6, 7 e 10/ABNT - NBR /1994)

ISF

Instalação Sanitária Feminina

ISM

Instalação Sanitária Masculina

ISA

Instalação Sanitária Adaptada

BST

Bacia Sanitária: altura do assento 0,46m do piso; válvula de descarga de alavanca (altura máxima 1,00m do piso); barras de apoio na lateral e no fundo.

LV

Lavatório sem coluna: altura 0,80m do piso (com altura livre de 0,70m); sifão e tubulação com proteção; torneiras de alavanca, célula fotoelétrica ou formas equivalentes.

BCH

Boxe Chuveiro - área transferência interna : dimensões livres mínimas de 0,80m x 1,10m; desnível máximo 1,5cm; registros altura máxima 1,00m do piso (localizados na parede lateral do banco); barras de apoio vertical (na parede do encosto do banco) e horizontal/vertical (em "L") (na parede lateral do banco).

P

Porta: vão livre mínimo 0,80m; área de abertura sem interferir nas áreas de transferência e/ou aproximação; maçanetas do tipo alavanca (altura 1,00m); barra horizontal para auxiliar no fechamento (altura 0,90m); revestida na parte inferior para proteção (altura mínima 0,40m); sinalizada com Símbolo Internacional de Acesso afixado à 1,70m do piso.

Área de transferência lateral: dimensões mínimas 0,80m x 1,10m.

Banco basculante: profundidade mínima 0,45m; comprimento mínimo 0,70m; altura mínima do piso 0,46m.

OBS.: Piso - revestimento antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada.


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